quinta-feira, 11 de agosto de 2016


Quando caírem as últimas folhas do outono / talvez tu te lembres que a primavera / não poderá voltar. / Terás uma lembrança, um retrato talvez, / mas não o amor que eu te dei / e que deveria durar para sempre. / Talvez tu sintas saudade / mas já não poderás matá-la; / talvez queiras de volta as flores / mas já não haverá semente / nem terra onde plantar teus olhos distraídos. / Terei partido num descuido teu qualquer, / sozinha, na noite escura ou ao sol poente, / levando o sentido e as cores da vida / que, nem percebias, / estavam o tempo todo comigo.